Sóis
Só sei ser só
só assim
só eu em mim
Só sei ser sol
Sou em mim assim
ou não sou
Ou me solto
no espaço
Não me ponho
nem nasço
Ou que eu nasça
Essa vida
é mesmo atrevida:
sempre passa
e cansada
termina
Sinto muito,
não sinto nada
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
sábado, 23 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
infinitude
meu tempo sem fim nem começo
infinito vezes dois
vezes dez
vezes dezesseis -
o infinito é o mesmo
mesmo o meu tempo perdido
sem começo nem fim
nem futuro nem passado
passa o tempo esquecido:
infinito pra todo lado
infinito vezes dois
vezes dez
vezes dezesseis -
o infinito é o mesmo
mesmo o meu tempo perdido
sem começo nem fim
nem futuro nem passado
passa o tempo esquecido:
infinito pra todo lado
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
sábado, 2 de outubro de 2010
história breve
Era o amor
que veio com tudo
e não era nada, contudo.
Acabou-se
e não era doce.
E nem cedo era -
antes fosse.
que veio com tudo
e não era nada, contudo.
Acabou-se
e não era doce.
E nem cedo era -
antes fosse.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
terça-feira, 20 de julho de 2010
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Insônia
No céu, a lua. Na cama, eu.
O sono vem quando o sol surgir,
Depois que a Bela adormeceu.
Sonhos me fazem querer sorrir.
As minhas horas? o gato comeu.
Cadê o sono que estava aqui?
O sono vem quando o sol surgir,
Depois que a Bela adormeceu.
Sonhos me fazem querer sorrir.
As minhas horas? o gato comeu.
Cadê o sono que estava aqui?
segunda-feira, 5 de julho de 2010
De noite eu me acordo
de dia eu me recordo
(eu só discordo porque estou de acordo)
Se o tempo ficou disperso
o amor não estava disposto
e um romance já não é mais certo
Se tudo não cabe num verso
o amor é um caso ao inverso
e um romance não espera agosto
De dia você me acorda
de noite você me recorda
e se eu não tenho porto, não me importo
Mas deixo aberta a porta
pois não importa o resto:
o seu protesto não resiste ao gosto
Se o tempo ficou disperso
o amor não sentiu remorso
e um romance vou gravar no rosto
Se tudo não cabe num verso
o amor se perdeu no universo
e um romance vou guardar no bolso
de dia eu me recordo
(eu só discordo porque estou de acordo)
Se o tempo ficou disperso
o amor não estava disposto
e um romance já não é mais certo
Se tudo não cabe num verso
o amor é um caso ao inverso
e um romance não espera agosto
De dia você me acorda
de noite você me recorda
e se eu não tenho porto, não me importo
Mas deixo aberta a porta
pois não importa o resto:
o seu protesto não resiste ao gosto
Se o tempo ficou disperso
o amor não sentiu remorso
e um romance vou gravar no rosto
Se tudo não cabe num verso
o amor se perdeu no universo
e um romance vou guardar no bolso
quarta-feira, 30 de junho de 2010
domingo, 27 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
De madrugada
Ao longe, o som da insônia.
A lua, luz e saudade.
E pela janela,
que é minha tela
Essa luz revela,
ao passar por ela
A cor da noite
Tingindo meu chão de escarlate.
Do quarto, o sono encobre.
A chama, luz e vontade.
E sua, queimando à vela
Eu nua, na passarela
Da cor da noite
Até que o sono me bate.
A lua, luz e saudade.
E pela janela,
que é minha tela
Essa luz revela,
ao passar por ela
A cor da noite
Tingindo meu chão de escarlate.
Do quarto, o sono encobre.
A chama, luz e vontade.
E sua, queimando à vela
Eu nua, na passarela
Da cor da noite
Até que o sono me bate.
terça-feira, 22 de junho de 2010
Vazio
Não tenho medo do mundo
O mundo não me destrói
Meu desejo é tão profundo
Que no coração me dói
Não tenho medo da vida
Viver é um ato eterno
Uma eterna despedida
Uma saída pro inferno
Meu medo é coisa pensada:
Do coração tiro o medo
E quase não sobra nada
Esse vazio me distrai
Um vazio que me dá medo
E do próprio medo sai
O mundo não me destrói
Meu desejo é tão profundo
Que no coração me dói
Não tenho medo da vida
Viver é um ato eterno
Uma eterna despedida
Uma saída pro inferno
Meu medo é coisa pensada:
Do coração tiro o medo
E quase não sobra nada
Esse vazio me distrai
Um vazio que me dá medo
E do próprio medo sai
Além vida:
A vida às vezes furta
aquilo que a gente pensa.
Às vezes parece tão curta,
às vezes parece imensa.
Viver às vezes assusta,
viver às vezes compensa.
Viver também desaponta
se não houver recompensa
por viver, afinal de contas.
aquilo que a gente pensa.
Às vezes parece tão curta,
às vezes parece imensa.
Viver às vezes assusta,
viver às vezes compensa.
Viver também desaponta
se não houver recompensa
por viver, afinal de contas.
E lá estava ela esquecida
perdida no seu sono pleno
a menina que temia a vida
e achava o mundo pequeno.
A solidão lhe aquecia,
tão densa, lhe fazia bem.
E esse sentimento morno
que era o conforto de amar ninguém.
Com seu cabelo desfeito,
e seu destino guardado,
na calma escondida dentro
de seus pequenos olhos fechados,
ela não tinha saída:
a porta estava fechada.
Ela só tinha a vida:
ela tinha tudo e tudo era nada.
Seu mundo era impreciso,
o amor era impreciso,
sua vida era imprecisa
como as suas palavras.
E assim acordou, vazia,
e viu seu mundo em pedaços.
Não havia lugar pra ela naquele mundo,
não havia espaço.
E nesse mundo pequeno,
ela notou não caber.
Mas como pode o mundo
ser tão imenso e não lhe conter?
perdida no seu sono pleno
a menina que temia a vida
e achava o mundo pequeno.
A solidão lhe aquecia,
tão densa, lhe fazia bem.
E esse sentimento morno
que era o conforto de amar ninguém.
Com seu cabelo desfeito,
e seu destino guardado,
na calma escondida dentro
de seus pequenos olhos fechados,
ela não tinha saída:
a porta estava fechada.
Ela só tinha a vida:
ela tinha tudo e tudo era nada.
Seu mundo era impreciso,
o amor era impreciso,
sua vida era imprecisa
como as suas palavras.
E assim acordou, vazia,
e viu seu mundo em pedaços.
Não havia lugar pra ela naquele mundo,
não havia espaço.
E nesse mundo pequeno,
ela notou não caber.
Mas como pode o mundo
ser tão imenso e não lhe conter?
segunda-feira, 21 de junho de 2010
meu coração e as páginas:
não há nada que mereça essas palavras.
não há nada que mereça a tinta da caneta,
nem a minha caligrafia apressada.
não há nada que mereça de mim esse poema,
esse problema numa folha amassada.
as palavras não merecem ser lembradas.
não há nada que mereça o meu punho aflito.
não, não há nada que mereça ser escrito.
não há nada que mereça essas palavras.
não há nada que mereça a tinta da caneta,
nem a minha caligrafia apressada.
não há nada que mereça de mim esse poema,
esse problema numa folha amassada.
as palavras não merecem ser lembradas.
não há nada que mereça o meu punho aflito.
não, não há nada que mereça ser escrito.
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